Formação em Rede de Terapia Comunitária |
FORMAÇÃO EM REDE DE TERAPIA COMUNITÁRIA – Pólo
Formador – Hospital de Clínicas / UFPR . Instituição: Hospital de Clínicas - UFPR Autor: Psic. Tânia Madureira Dallalana Resumo: Esse artigo apresenta uma reflexão sobre a complexidade, a criatividade e a integração da rede de formação do terapeuta comunitário. Discorre sobre a interdependência dos diversos contextos – individual, familiar, grupo de pares e comunidade de convivência, dos candidatos à formação. E fornece, por último, uma estratégia já adotada na formação do Pólo do Hospital de Clínicas UFPR. Onde os alunos além de fazerem as rodas de conversas teóricas, as vivências das terapias comunitárias também compõem pelo saber compartilhado, o quadro de professores de acordo com sua área de especialidade. Palavras chaves: Terapia Comunitária – formação- saúde pública – rede. Fazem quatro anos que acontece a formação de Terapeutas Comunitários no Hospital de Clínicas da UFPR. O Curso oferta 30 vagas sendo 15 destas para profissionais da Universidade Federal do Paraná e 15 para a comunidade externa. Tem como objetivo geral: Desenvolver através de discussões e treinamento junto aos alunos as bases teóricas e práticas da Terapia Comunitária e construir reflexões no campo da saúde mental, apontando para ações de prevenção co-participativas entre profissionais de saúde e as pessoas em situação de sofrimento psíquico. E como objetivos específicos: • Compreender as propostas da Terapia Comunitária de orientação Sistêmica, com ênfase especialmente na interface das discussões dos participantes sobre seus problemas e seu sofrimento mental. • Desenvolver uma prática em saúde mental através da inter-relação dialógica dos processos de : 1) escutar o sofrimento do outro em cada encontro do grupo. 2) compartilhar a experiência emocionada dessa percepção relatando a própria vivência significativa e a resolução escolhida para transformar o sofrimento vivido em aprendizagens compartilhadas; • Reforçar as competências; individual, familiar, comunitária e cultural; 3) construir a prevenção no processo saúde/doença pela inter-relação vivenciada no espaço de terapia das diferenças social – psíquica – cultural – econômica – comunitária – espiritual. • Não priorizar posições privilegiadas na inter-relação entre equipe de saúde e participantes da terapia comunitária, oportunizando desta forma a construção de ações competentes em suas vidas. A intenção deste artigo é relatar as vivências de um processo de formação que propõe novas relações de ensino/formação/serviço, além de priorizar a educação dos alunos e a coerente observação e desenvolvimento dos projetos de cada um, para avanços e transformações do processo de trabalho em saúde, sob o enfoque da Atenção Primária à Saúde. Importa o envolvimento de todos em um projeto, sejam profissionais de saúde, gestores, formadores, usuários e estudantes, em busca de um ativo movimento de mudança, nas relações, nos processos, nos atos de saúde e principalmente, nas pessoas. ( Ceccin, 2006) Com base nestas questões a construção dos diálogos nestas conversas de formação, propõe um novo formato para a produção do cuidado e organização do trabalho, baseado prioritariamente nas tecnologias leves e no trabalho vivo, que, segundo explica Franco & Merhy (2004), diz respeito aos momentos de fala, escuta e interpretações, momentos de confiabilidade em que vão se operando as relações de vínculo e aceitação entre as pessoas. Refere-se, também, ao jeito ou atitude própria do aluno em formação, ao seu modo de ser, à sua subjetividade. Decorrem duas dimensões importantes para a formação: a ético-comunitária, onde o terapeuta comunitário pode ser um elemento de reorientação do modelo de atenção à saúde; de facilitador de discussões com a comunidade sobre os problemas de saúde e de outras origens; e de sujeito chave no apoio do indivíduo na busca da autonomia do cuidado. A outra dimensão é a de transformação social, na medida em que é fomentador da organização da comunidade para a cidadania e a inclusão. Sobretudo se pensamos também na importância da inclusão da temática da rede, neste processo de resgate intersubjetivo, como ponto de referência de entrelaçamento de histórias institucionais, profissionais, sociais, culturais, pessoais, familiares, sempre em desenvolvimento, tendo como narrativas principais toda a complexidade das interfaces: saúde física, mental, social, comunitária, econômica, familiar; espiritual e as ações criativas originadas na resignificação de toda essa trama. Em seguida elenco os caminhos da rede de Terapia Comunitária construídos até agora: 1) Grupo de apoio à família e pessoas que estão sofrendo com a vivência da perda.-Hospital de Clínicas /UFPR/2009 2) Ambulatório de Saúde Mental do Hospital de Clínicas da UFPR- Desde 2003 até Setembro de 2009, acontece Terapia Comunitária todas as segunda feiras. Com um total de 800 agendamentos para a terapia comunitária e 1844 pessoas atendidas.e 215 Terapias Comunitárias. 3)Projeto “Desenvolvendo a paz interior”- Serviço de Saúde Ocupacional/UFPR 4) SUS-Integralidade - Unidade de Saúde Capanema - agentes comunitárias de saúde, familiares e cuidadores. 5) Projeto “Acolher” – município de Colombo/PR/2007 6) ONG - Centro Digital 7) Paróquia São Paulo Apóstolo Conclusão Todas essas vivências fazem mais sentido expostas no texto dos próprios formandos, alguns aqui relatados. Lembranças, poemas, versos, esperanças. Sobre a importância de uma formação, de ação, de colaboração, de reflexão sempre com a intenção de construir coletivamente uma cultura pelo cuidado e pela paz. Turmas formadas: 2005, 2006, 2007 e 2008: Total - 60 terapeutas. Reflexões poéticas e criativas construída pelos alunos como finalização do curso de Terapia Comunitária - Local : Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Eunice: Vem, vamos participar Desta roda de questões Para com todos partilhar As muitas emoções Vamos descobrir nossas forças O que nos torna capaz, Resignificar o sofrimento Em energia eficaz O espaço dividido O tempo compartilhado A união, a amizade Crescendo , num processo realizado A vida em reflexão Pensada nos vários pontos Se faz mais leve e solta Nos nossos encontros. A terapia comunitária Não fugindo do contexto Pergunta sempre mais, Mais, aumentando o texto Márcia: Terapia Comunitária é trocar, é dividir, é somar, é diminuir, é multiplicar , é compartilhar. Trocamos nossas experiências, dividimos nossos medos, somamos nossos saberes, diminuímos nossas angústias, multiplicamos nosso amor e compartilhamos nosso viver. Na Terapia Comunitária aprendemos falar, calar, ouvir, refletir, sentir , mudar.... Uma roda onde roda o acolhimento, a compreensão, a tolerância, o afeto, a esperança, a fé, a aceitação, a confiança..., o AMOR. Terapia Comunitária para que cada “SER” venha “SER” tudo que pode “SER”. Rachel: A Descoberta Foi na Pastoral da Criança Que da TC tomei conhecimento Saber o curso “de graça” Pra mim foi um grande alento Eu sem dinheiro pra nada Podia adquirir algum conhecimento Comecei devagar, curiosa, observado Pos não tinha idéia do que se tratava E à medida que iam falando Muito mais me interessava Quando me aposentei e velhinha Tive que escolher em que trabalhar Adivinhe qual proposta eu tinha... Claro: como Terapeuta de TC atuar... Dentre todas as dicas que recebi Para elaborar o mote..a pergunta reflexiva, Parece que no início emburreci. E só a pergunta coringa, a minha mente ativa. Mas o povo me achava amiga E chorava todas as pitangas E eu só na pergunta coringa Que sempre estaria debaixo da manga. Até que um dia me disseram ; No HC vai ter Um curso de TC gratuito E como eu já não tinha mais nada a fazer Deixei lá meu nome inscrito E aí veio a Tânia Dallalana Com um montão de textos pra ler E eu que já me sentia banana Comecei a melhor entender E novamente ela trouxe A pergunta reflexiva pra se discutir E eu pensei: agora danou-se Como posso esse diacho inquirir ? Mas o tempo foi me ajudando E a prática ajudou melhorar E quanto faço TC por aí Sempre fico a me perguntar Como é que algo tão bom Só agora foram inventar É a forma mais simples e efetiva Do pobre se terapeutizar. O paciente e o terapeuta Saem do grupo beneficiados Pensando na vida e mudando Aquilo que tem incomodado A TC para mim foi a descoberta Que como profissional tenho usado. Gilson: O soneto que deixou de ser... Corremos dia e noite Em busca de respostas E carregamos consigo mesmos Esse peso em nossas costas Acabamos entravando Uma luta inacabável E tivemos a oportunidade De alcançar o inalcançável Essa rede me envolve No calor do meu silêncio Onde estranhos me acolhem Onde estranhos me acolhem Com uma frase literária Quando apresentado À Terapia Comunitária Marise: História de toda a importância da terapia Revelação Quando eu comecei no curso de TC meus pensamentos estavam enuveados, recalcados, envelhecidos por uma teoria pretenciosa, poderosa, que me fazia “bem”, porque me fazia esconder todos os meus aparatos sentimentais camuflados. Cada segunda, quando nós nos encontrava-mos era sofredor para mim, porque eu queria um conhecimento a mais, mas não um conhecimento modificador e que de observador eu passasse a ser também a observada. Tive vontade de desistir e jogar tudo para os ares. Todavia eu pensava o que está acontecendo comigo ? Olhava para cada amigo do curso e parecia que todos estavam bem só eu que estava sem uma direção, apesar de me mostrar sempre esforçada. Durante o curso sofri uma cirurgia de um câncer de pele que estava avançado. Quando eu chegava no curso, meus amigos contavam suas experiências, nós ríamos até que íamos para a prática. Na prática, foram momentos animados e até que podia relaxar, e cada vez que eu participava da teoria e da prática eu me fortalecia. Quando finalizava a prática eu ficava até com saudades do próximo encontro. Não me pergunte o que mudou? Talvez não possa responder porque sei que houveram várias re-significações na minha história. Enfatizo as palavras de Rorty : “ não me pergunte quem eu sou; e qual o meu verdadeiro eu e o que de essência existe em mim.Pergunte-me como posso redescrever-me e viver um vida melhor e mais bela”. Lucirene: Que livro é esse ?
Era uma vez uma pessoa que teve uma idéia ou não....a idéia era ajudar outras pessoas a pensar sobre elas mesmas, sem ficarem só chorando ou só reclamando, ou só se repetindo. A idéia era sair das mesmices que estavam sendo feitas por aí. Não que elas não fossem boas ( as mesmices ), mas poderiam ser integradas a esta outra idéia, ou não.
As pessoas começaram a se reunir em uma “roda mágica”, de conversas. Cada um falava dos seus conflitos, alegrias, sentimentos e como tinham feito para resolvê-los, ou não. As pessoas nestas “ rodas mágicas” podiam ser elas mesmas. Algumas queriam respostas mágicas, vindas de outra pessoa; talvez para continuar reclamando , dizendo que não dava certo, ou para se conformar com a idéia de que tinham tentado... Com o passar do tempo estas pessoas foram descobrindo que mágico era comovente e libertador porque estava fazendo sentido. O que parecia estar longe, muito distante, no outro, estava perto, muito perto . Cada pessoa foi descobrindo que não havia respostas únicas, fechadas, terminadas. Cada qual era responsável por suas escolhas, sua história, suas relações com os outros e com o mundo. Mas na “roda mágica” ela não estava sozinha. Nesta magia, nesta loucura onde nada é , mas talvez seja, outras pessoas estão ajudando a melhorar esta idéia, ou não...tudo isso pode fazer sentido ou não...depende de cada um...ou melhor, de todos nós. Na possibilidade da magia de simplesmente ser....
Após o início das atividades, professora convidou os alunos para iniciar uma tarefa/atividade que seria inesquecível : Vocês vão aprender a escrever ! Rorbeto, o menino para a escola com a mão numa sacola tirou a não rapidamente para ninguém perceber sua mão com seis dedos. Da sua turma , foi ele no entanto que tinha a letra mais bonita e recebeu muitos elogios. Surpreendentemente, no dia seguinte ao alunos foram para a escola com a não numa sacola. Quando isso a aconteceu, o menino explicou para todos, o que significava o uso da sacola. Essa estória não termina assim, o livro continua e há outras situações interessantes. Quando escutei essa estória, muitos pensamentos surgiram , e quase automaticamente pensei na visão sistêmica e na terapia comunitária O menino foi acolhido pelo grupo justamente numa questão que lhe preocupava e mesmo vivendo com uma diferença física, ele se destacou pela diferença de sua bela letra. E mais uma vez pensei : na vida não tem certo e errado e não tem pode e não pode, na vida temos a diferença. E é a diferença, que nos torna pessoas únicas, assim como a riqueza de cada terapia comunitária é lembrarmos que ela é única. Além da diferença, pensei também que os elogios pela bela letra, fazem parte do reconhecimento , do sentido e significado , do sentimento de pertencer. Terapia comunitária é Pude aprender por exemplo através do ciclo da vida, por exemplo quando determinado ente da família fica doente ; cada membro da sua família tem seu papel. Têm aquela pessoa que dá o sangue pelo seu familiar mas também existe aquele outro membro da família que perante aos olhares das outras pessoas da família, que aquela pessoa não ajuda em nada. As é que e esta é a forma que este indivíduo encontrou de solucionar o conflito familiar. Pude aprender com variadas falas: respeitar o silêncio do indivíduo é de primordial importância; nem sempre pessoas querem expor seu sofrimento. aprendi a respeitar o estágio e o momento de cada pessoa. aprendi a não interpretar aquele sofrimento, muito menos subestimar. Aprendi também que não podemos dar conselhos. É muito importante conhecermos a nós mesmos. Aprendermos a ser os nossos próprios psicólogos; ouvirmos nossa voz interior. Através de variadas perguntas reflexivas que fazemos para as pessoas que procuram esta ajuda.é um meio de avaliarmos o nosso sofrimento; aquele que estamos passando. Com este curso pude aprender a ser um facilitador onde que eu esteja. Através deste curso, foi proporcionado a nos entendermos e entendermos as outras pessoas também.
Este é meu depoimento sobre a Terapia Comunitária . Uma pequena História Era uma vez, uma jovem cheia de sonhos, que visualizava um futuro feliz, porém tinha muito que batalhar para que se concretizassem e foi a luta. Enfrentou muitas barreiras, desafios, dificuldades, porém, com muita fé em Deus e o apoio de seus familiares conseguiu concretizá-los. Estes sonhos se tornaram realidade e teve uma vida muito feliz.
Um dia, resolveu preparar-se para poder fazer um trabalho com pessoas que estavam passando por dificuldades. Trabalho voluntário. Pensou que iria buscar aprendizado para ajudar, teorias e técnicas de trabalho com grupos. Conforme a indicação de uma amiga, colega de trabalho foi participar de um curso em terapia comunitária. ao iniciar o curso, percebeu que era só para os outros que estava se preparando, pois o curso trabalhava coisas internas, que estavam escondidas em seu íntimo. Com o decorrer dos encontros, cada vez mais teve esta percepção e conseguiu vencer algumas dificuldades internas , criou novos vínculos afetivos e cresceu muito internamente. Seu interesse foi voltado para os outros, porém teve ganhos enormes para si. Na relação com outras pessoas e com seu grupo de trabalho pode entender melhor os outros, não julga-los e manter vínculos afetivos maiores. Terapia Comunitária Luzinete AH ! se eu fosse uma árvore, gostaria de ser um carvalho. Mas como sou semente e aprendiz de terapeuta comunitário, preciso de ser coberta por Um punhadinho de terra, pode ser solo fértil ou não eu me esforçarei para germinar, não aceito não vingar. Aceitarei a chuva, os relâmpagos, a seca até a ameaça do homem com machado. Ah ! saberão de onde vim basta olhar nos meus galhos. Quanto a altura que vou chegar não sei, mas farei o impossível para produzir muitas sementes. Pode ser que no meu crescimento perderei algumas folhar e galhos, mas brotarei, e com a ajuda da chuva que vem do céu, e por solidariedade das outras árvores amigas, que me ajudarão absorverei o CO2 para eu respirar. E ao crescer vou também retribuir, juntando meus galhos e pegando na mão de outras árvores para que nunca floresta da solidariedade se torne extinta. A terapia comunitária, foi um aprendizado que germinou a semente que sempre existia no meu coração mas estava dormindo provisoriamente. Um viva para os que ajudam a regrar este solo, para essa germinação acontecer. Cada Um Suelly Agrego no coração um infinito de amor. Que veio caminhando a cada segunda feira Em minha direção, tão forte, tão múltiplo! E ante sorrisos, choros , entusiasmadas palavras, Enfim cresci!! Levantei e olhei em volta e ali estavam Problemas, entraves, dores, alegrias, imensas dores, ou nem tão imensas, Mas, o amor foi , é e será sempre maior nos braços apertados, a solução para a tristeza No olhar acolhedor , a certeza de que não existe solidão no que procura aconchego A luz do dia traz consigo a perseverança, faz crescer, fortalecer ! A miha alegria renovou quando caminhei entre meus irmãos e senti a felicidade Em poder resolver os poréns da minha vida O ser humano esta preciosa pedra, menina dos olhos do PAI é um cérebro e uma indefinível caixa de emoções. Essas emoções se espalham por todos os lados, poros espaços. Se conectam com outras emoções , irmãs e produzem sons, ruídos inexprimíveis. É um processo humano, maravilhoso que nenhum outro ser consegue exprimir. As palavras resignificam coisas antigas e novas, situações alheias , com quando um artista inicia uma obra, as suas intenções o levam a construir, o seu coração induz sua arte. Cada obra humana tem a sua perfeição , sua essência. Somos todos artistas responsáveis por nossas obras perfeitos, imperfeitos, intensos significativos. O importante é a ousadia em viver lutando para crescer, ser feliz, amar e amar. Beatriz Movimento Venho percorrendo o mundo Na tentativa de aprender a viver A crescer com os erros A suportar as dificuldades, A renascer a cada dia a conhecer e viver a alegria, as celebrações, os momentos de vitória Venho encontrando neste caminho Cada vez menos regras prontas! Tenho rasgado as cartilhas.... Encontro cada vez mais a surpresa O desafio, a descoberta, a sabedoria Venho encontrando neste caminho Pessoas... Iguais no que une como seres humanos, diferentes, no que torna únicos, esplêndidos e surpreendentes. Venho conquistando e às vezes perdendo Das conquistas faço troféus que me fortalecem Das perdas , faço experiências que me fortalecem E nesta balança, sempre em movimento, sempre em desequilíbrio, É que sinto o movimento maravilhoso da vida. Terapia Comunitária Juçara O que é isso ? ..é possível ? Uma terapia que junta crianças , adultos , homens e mulheres ? Tantas dúvidas, tantos paradigmas a serem ultrapassados. Terapia não somente como tratamento , medicamento , terapia como crescimento , respeito , espaço mágico de escuta. Lugar onde se encontra pessoas que buscam a si mesmas, buscam do próprio sofrimento , buscam ser compreendidas, aceitas no seu sofrer. Mesmo sem saber, fogem da discriminação, da banalização do sofrimento humano. Pessoas perdidas no tempo , ardendo por dentro, querem alcançar um viver mais feliz: aprender com o sofrimento para ser uma pessoa melhor, com mais paz interior. Utopia ou possibilidade? Ah ! comunitária : outra “maluquice” ? É na comunidade dos iguais que nos encontramos. Sentimentos comuns, graças a Deus que sempre ajuda a muitos. Encontro singular de pessoas que vem daqui e de acolá, de tantos lugares. Pessoas sofridas, em busca do seu lugar, de ajuda para seu sofrer que não sara, de alguém que escute seus gemidos, seus gritos, seus sussurros, que respeite seu silêncio. Crianças, adolescentes , adultos m idosos, homens e mulheres. Cada um com seu fardo, com sua caminhada, com sua busca. Esperança de encontrar seus iguais e de se ver. Não se sentir perdido porque há um lugar onde as pessoas buscam e se encontram, acham o sentido , o sentido da viver. Bibliografia: CECCIM, R. B. Educação Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário. Revista Eletrônica Interface – Comunicação, Saúde, Educação, v.9, n.16, set./fev. 2005a. Disponível em: Aceso em: 26 set. 2006. Dabas,Eliane;Najmanovich,Denise. Redes el lenguaje de los vínculos : hacia la reconstrución y el fortalecimiento de la sociedad civil. Ed. Paidós.1999 Franco, T.B. Merhy, E.E. Programa de Saúde da Família (PSF): contradições de um programa destinado a mudanças do modelo tecnoassistencial. In: MERHY, E.E et al. O trabalho em saude: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. 2 ed. São Paulo: Hucitec, 2004. p. 55-124. Freire,Paulo. Pedagogia do Oprimido. 31a Ed. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro.1987. Grandesso, A. Marilene. Sobre a Construção do Significado: Uma Análise Hermenêutica da Prática Clínica. Ed.Casa do Psicólogo.São Paulo.2000. Sluzki,Carlos, E.M.D. La Red Social: frontera de la practica sistemica. Ed. Gedisa.Barcelona .1996. |